A lenda conta de uma Kombi que geralmente parava em locais onde houvesse grande trânsito de crianças, para distribuir doces, salgadinhos e fazer brincadeiras. Porém, o objetivo dos palhaços era atrair essas crianças e seqüestrá-las, para fins que variam conforme a versão: pedir resgate, roubar órgãos para o mercado negro, dar as crianças para adoção estrangeira ou injetar drogas ilícitas que viciassem o jovem. Alguns diziam que os palhaços eram, às vezes, acompanhados por uma bailarina que atraía as meninas, que também seriam vítimas de abusos sexuais. Também se escutava que os palhaços ou a bailarina usava um filhote de cachorro para ter a atenção de crianças que não eram muito chegadas a doces. Uma outra lenda, parecida e geralmente contada junto à dos palhaços da Kombi, eram de palhaços (ou homens vestidos normalmente) que vendiam chicletes que vinham com uma tatuagem falsa para as crianças brincarem.
A tatuagem, porém, continha uma substância que penetrava a pele das crianças, tornando-as viciadas em drogas. Essas lendas circulavam muito durante essa época. Eu mesma cheguei a ouvir conselhos da minha mãe para nunca chegar perto de uma Kombi nem comprar chicletes com tatuagens. Diversas crianças ficaram aterrorizadas com essas histórias, muitas pararam de sair às ruas e diversas outras passaram a odiar palhaços. Até hoje, não há nenhum registro real de que essa "máfia de palhaços" realmente tenha existido, ou se é mais uma lenda para tentar fazer as crianças ficarem mais controláveis, ou impedir que falem com estranhos.