Chronicles EP de Halloween – As Bruxas de Lótus!

NARRADOR – Diana e Lyra nunca haviam saído sozinhas, só as duas, para qualquer lugar que fosse, mas naquele halloween, seria diferente. Diana havia arrumado um lugar para elas, um acampamento só para meninas, que ficava longe da cidade.
DIANA – E então, Lyra? Você está gostando do acampamento?
LYRA – Não estou gostando, Diana, eu estou amando! Tudo aqui é muito perfeito, até aquela bruxa da dona Morgana...
DIANA – Não fale assim, alguém pode nos escutar!
LYRA – Mas você tem que concordar, Diana, aquela mulher é uma bruxa! Muito má, nem parece gente... E aqueles olhos então? Parece que estão por toda parte, sempre nos vigiando.
NARRADOR – Enquanto Diana e Lyra estavam conversando, elas eram observadas. Depois de algum tempo, a intrusa resolveu se apresentar, saindo feito um gato da escuridão do bosque, Dafne juntou-se ás duas em volta da fogueira.
DIANA – Dafne, você me assustou. O que é que você estava fazendo dentro do mato uma hora dessas, menina? Não há mais ninguém, além de nós acordado neste acampamento.
DAFNE – Eu vi quando você, Lyra, chamou a senhorita Morgana de bruxa!
LYRA – Eu estava brincando, Dafne! Você não vai contar pra ela, vai?
DIANA – Dafne, você sabe que a senhorita Morgana é muito estranha, ela parece estar sempre de olho vivo na gente, mesmo quando não está por perto... Ela é uma peste!
DAFNE – Eu sei disso! Se acalmem, eu não vou contar a ninguém o que vocês me disseram... Na verdade, vocês precisam ver uma coisa...
LYRA – Ver o que?
NARRADOR – Dafne nada disse. Mas nem era preciso ela dizer alguma coisa para que Diana e Lyra soubessem que se tratava de algo assustador, ou no mínimo, bizarro. A feição de Dafne era a mais intrigante possível. Junto com Dafne, Diana e Lyra seguiram mata a dentro, elas queria saber o que estavam fazendo ou pra onde estavam indo mas não sabiam, não tinham idéia e Dafne não dizia nada.
LYRA – De repente, me veio uma saudade do Ken!
DIANA – (sorrindo) O amor é roxo...
DAFNE – Nós estamos quase chegando, preciso que façam silêncio...
LYRA – Silêncio?! Por que precisamos fazer silêncio, Dafne? Afinal de contas, que lugar é esse que você está querendo nos levar? Olha, aqui, garota, eu não estou gostando nada dessa sua historinha de sair por ai carregando a gente mato adentro sem nenhuma explicação. Eu quero saber agora: Pra onde é que você está nos levando?
NARRADOR – Se Lyra pudesse prever o que viria logo a seguir, certamente teria ficado calada. Dafne não queria o mal delas, mas por conta do pavio curto de Lyra, todas acabaram caindo numa grande enrascada...
MORGANA – Olá, garotas!
NARRADOR – Só de ouvir aquela voz fria, todas ficaram trêmulas. Morgana aparentava ser a própria encarnação do coisa ruim. Um ser das trevas, aquela mulher era muito mais que isso...
DIANA – Senhorita Morgana? Nós... Nós... A gente apenas...
MORGANA – Calada! Eu já estou cansada de vocês... E você, Dafne? O que é que tinha que trazer essas duas pra cá? Você sabe muito bem que esse é um lugar sagrado... Ninguém além de nós pode ao menos chegar perto do santuário, você sabe disso!
DAFNE – Mas senhoria Morgana... Elas são minhas amigas, e além do mais, estão com uma impressão errada sobre a senhora!
NARRADOR – Como se tivesse sido atingida por uma bala de fuzil, Morgana olhou fixamente para Lyra e Diana.
MORGANA – Impressão errada?!
DAFNE – Elas acham que a senhora é do mal... Mas isso não é verdade!
LYRA – Tá ajudando bastante, Dafne, pode ter certeza!
DIANA – (cutucando Lyra) Fica quieta, Lyra, não piore as coisas!
NARRADOR – Depois, sem saber como nem quando, Diana e Lyra se viram dentro de uma gruta. Uma caverna arrepiante, cercada de caveiras e pote velhos, além de aranhas e morcegos por toda parte. Ao centro, em volta de uma espécie de rocha, havia várias pessoas vestindo uma espécie de túnica rocha.
LYRA – Mas o que é isso?
DAFNE – Bem-vindas ao lar!
DIANA – Eu não estou mais entendendo é nada!
MORGANA – Isto aqui fica exatamente em baixo do nosso acampamento...
DAFNE – O acampamento foi fundado apenas como forma de preservar esse lugar, meninas!
DIANA – Sim, mas... Que lugar é esse?
LYRA – Centro de macumba?!
MORGANA – Ora, não seja tola! Isto aqui é um lugar sagrado...
DAFNE – Aqui é o templo do Lótus!
LYRA – Lótus?
DIANA – Lótus não é uma flor?
DAFNE – É a flor que nos dá vida eterna!
NARRADOR – Na hora, Lyra e Diana simplesmente ficaram geladas... Vida eterna? Que história era aquela?
MORGANA – Eu, Dafne e todas essas garotas que estão ali na roda... Todas nós somos bruxas!
LYRA/DIANA – Bruxas?!
NARRADOR – Não existia susto maior que aquele... Bruxas?
MORGANA – Mas ao contrário do que os livros, os desenhos animados, os filmes dizem, nós não fazemos feitiços para o mal ou qualquer coisa que possa ferir ou danificar de alguma moda a vida de alguém. Nós preservamos a natureza...
DIANA – Então... Quer dizer que o acampamento é só fachada... Que não existe?
DAFNE – O acampamento foi fechado há mais de 70 anos, quando todas nós...
LYRA – Quando todas vocês?
DAFNE – Quando todas nós morremos...
NARRADOR – Naquele momento, por mais que tentassem Diana e Lyra perceberam que não conseguiriam entender aquela história de jeito nenhum...
DIANA – Mortas? Vocês estão mortas?
NARRADOR – Como num circo de horrores, Lyra e Diana começaram a ser perseguidas por aquele bando de bruxas. Os olhos delas se tornaram vermelhos como sangue e de suas bocas saia algo parecido com fogo.
MORGANA  - Peguem as garotas!
NARRADOR – Desesperadas, Diana e Lyra saíram correndo rumo á saída daquele lugar horroroso. De repente, viram que não tinha mais saída, logo as paredes começaram a derreter, pareciam cera.
DAFNE – Chegou a hora de vocês, garotas! Hora de vocês morrerem!
LYRA /DIANA – (gritam) Ahhhhhhhhhh
NARRADOR – enquanto aquele bando de bruxas pulavam em cima delas sugando-lhes a vida... O som estridente do despertador de Diana ecoou por todo o quarto.
DIANA – (levanta da cama num susto ) Socorro!
NARRADOR – Segundo depois, todas as garotas daquele quarto no acampamento, estavam olhando para Diana.
DIANA – Desculpa, gente!
LYRA – (acordando) O que houve, Di?
DIANA – Não foi nada, gente! Desculpa!
DAFNE – (sorrindo) sonhou com algum tipo de bruxa num lugar sagrado, Diana?
NARRADOR – Na hora, Diana sentiu um arrepio.
DIANA – Não! Claro que não...
DAFNE – (deita-se e olha para o teto) Pesadelos são comuns aqui neste lugar... Nem se preocupem com isso!
NARRADOR – Enquanto falava e olhava para o teto, os olhos de Dafne ficaram vermelhos e a garota sorriu como se fosse uma bruxa!

FIM...???


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