Esse ano comecei a assistir doramas BL (séries orientais com tramas focadas no romance gay [o BL é a abreviação de Boys Love]) e me apaixonei por esse gênero (dentre as que mais gostei estão Cherry Magic e Together With Me). Quando vi o mangá Joy em promoção na Amazon e li sua sinopse eu fiquei louco para lê-lo e o resultado foi uma leitura bem leve, rápida e muito gostosa que me rendeu alguns suspiros.

O primeiro volume (são dois) é focado na relação entre Go Okazaki e Yusuke Akune, que trabalham juntos como mangakás (são os criadores e desenhistas de mangás). Akune é assistente de Go, que é um veterano e já publicou uma série de mangás shoujo (histórias voltadas para o público feminino) sob o pseudônimo de Ponko Tsuda. Quando a editora de Go sugere que ele escreva um mangá BL, ele passa a fingir que está apaixonado por Akune para poder entender como funciona o amor entre homens e desenvolver melhor sua história, mas ele acaba se apaixonando de verdade pelo seu assistente.

Apesar do mangá ter uma premissa bastante clichê, tudo é desenvolvido de uma forma bem natural e é impossível achar a construção do romance entre Go e Akune forçada. Etsuko conduz a história com uma delicadeza e leveza que torna tudo verossímil e leva o leitor a torcer muito para que o casal fique junto. Em vários momentos da história eu fiquei surtando, querendo ver os dois se beijando logo.

Diferente da maioria dos mangás BLs que já conferi, que são mais focados no sexo, Joy foca no romance. Há apenas uma leve insinuação de sexo entre os dois, mas só no final. O mangá se preocupa mesmo em desenvolver a relação entre Go e Akune, que começa com amizade e vai se transformando em amor. Adorei a escolha da Etsuko em focar no romance, pois quebra essa ideia que as pessoas têm de que mangá BL só tem cenas de sexo.

Outra coisa que é bastante interessante é a abordagem sobre o mundo dos mangakás. Em Joy a autora aborda tanto o fato de existir preconceito com a profissão como também o próprio público que é careta e não aceita tão bem um homem escrevendo histórias voltadas para o público feminino (por isso o Go utiliza pseudônimo feminino). Eu costumo consumir mangás, mas não sou tão inteirado no assunto, então foi bastante esclarecedor saber mais sobre os bastidores das obras.

Sendo assim, minha experiência com Joy foi extremamente satisfatória. Me apeguei tanto aos personagens que no final fiquei com aquele gostinho de "quero mais". Ainda bem que há um segundo volume que dá prosseguimento à história de amor entre Go e Akune. Preciso comprar e ler, pois já estou sentindo falta do meu casal favorito!


Observação: Todas as imagens que ilustram essa resenha são de minha autoria, então se você for usar alguma delas, não esqueça de me creditar.


3 Comentários

  1. Eu adoro romances BL mas nunca tinha visto essa obra, realmente é uma história interessante e me deixou com vontade de ler.

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  2. Suas postagens são ótimas, estou seguindo seu blog e curtindo bastante!! Parabéns!

    Meu Blog: Brenda Mello

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  3. Olá, Tony. Tudo bem?
    Adorei sua crítica sobre Joy. Confesso que não conhecia o gênero, mas adorei ter acessso as informações que você trouxe sobre. Sua escrita está cada dia melhor, viu!

    Abraços,
    Renato Almeida.

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