Olá, pessoal! Tudo bem? Então, hoje temos mais uma entrevista aqui no blog! \o/
O entrevistado da vez é o Clayton De La Vie, autor de "Seres do Além", "A Mordida do Vampiro", "Minicontos Macabros" (clique aqui e seja redirecionado para a resenha do livro) e entre outros livros.
Confiram logo abaixo uma pequena biografia sobre o autor e em seguida a entrevista que fiz com ele:
Clayton De La Vie nasceu em agosto de 1994, em Franco da Rocha (SP), e começou a escrever muito cedo. Atualmente, aos vinte anos de idade, tem sete obras publicadas. Dentre elas, se destaca "A Mordida do Vampiro", um Romance Sobrenatural/Horror que assina como Laerte Verrier.
Hoje, reside em Caieiras (SP) e ocupa seu tempo ao som do bom e velho Rock 'N' Roll. Não é casado, não tem filhos, mas nutre um namoro há nove meses.
1- Primeiramente quero te agradecer por ter aceitado fazer a entrevista. Bom, por que não começamos a entrevista com você se apresentando para os leitores? Conta para a gente: Quem é Clayton De La Vie?
Eu que agradeço pelo convite. Contar sobre mim sempre foi uma tarefa complicada, mas vamos lá: Sou regido pelo signo de Leão, nasci em Franco da Rocha (SP), adoro Rock ‘N’ Roll, sou fã assumido de animes e não deixo de acompanhar as novidades sobre o B1A4, um grupo de pop sul-coreano que conheci em 2011.
2- Todo leitor e escritor tem uma história sobre quando começou a se apaixonar pela literatura, certo? Qual a sua? Quando você se apaixonou pela literatura e decidiu que queria ser escritor?
Tive contato com a leitura aos sete anos, em uma feira que teve na biblioteca da minha primeira escola. Lá, comecei a ler um GIBI do Cebolinha. Depois, parti para os livros da Ruth Rocha e, a partir daí, meus gostos literários foram se moldando.
Nunca decidi que seria escritor, aconteceu naturalmente. Comecei a escrever pequenas histórias e, em 2005, escrevi meu primeiro livro, “A Caveira Sapiens”, que nunca foi publicado. No ano seguinte, dei início a “Seres do Além”, que julgo ser minha obra-prima, lançada em 2014. Posso dizer que, em 2006, tomei o gosto por escrever. Não desejava que ninguém lesse, apenas não queria deixar minhas ideias se perderem.
3- Como você vê o atual cenário literário brasileiro? Em comparação com o de alguns anos atrás, você ver melhorias nele? Ser escritor no Brasil continua sendo difícil?
Houve uma melhora significativa, arrisco a dizer, em comparação com anos atrás, pois, hoje, há uma infinidade de possibilidades para quem deseja ter seu livro publicado. As plataformas online ajudaram bastante para que a literatura se expandisse. Antigamente, havia uma série de exigências que, agora, o autor iniciante não precisa cumprir. Isso facilitou muito. As plataformas online também ajudam o leitor, que encontra obras incríveis com preços mais acessíveis. No entanto, ser escritor, no Brasil, ainda é uma tarefa difícil. Poderia enumerar diversos motivos, mas me abstenho desse privilégio e cito apenas dois: 1 - muitos leitores têm preconceito com a literatura nacional e, quando deparados com um “João da Silva” na capa do livro, demonstram ainda mais essa repulsa. 2 – esses mesmos leitores ressaltam o quão magnífica é a literatura estrangeira e trancam as portas para seus conterrâneos.
4- Você e vários outros autores costumam fazer parcerias com blogs, não é? Queria que você me contasse sobre o papel dos blogs literários na sua carreira como autor!
Os blogs literários têm grande importância. Além de me ajudarem a divulgar meu trabalho, propõem, mesmo que indiretamente, algumas melhorias.
5- Um dos contos de “Minicontos Macabros” é inspirado em Edgar Allan Poe. Você tem o autor como fonte de inspiração? Há outros autores de terror que você também se inspira?
“O Chamado”, o conto inspirado em Edgar Allan Poe, foi criado em comemoração aos 170 anos do lançamento de “O Corvo”. Na construção de outras histórias não me espelho no Edgar, mas acredito que haja fragmentos dele, sim, na maioria dos meus textos porque meu contato com os livros do autor é constante. Sendo assim, de uma forma ou de outra, minha mente absorve alguns aspectos e os incorpora. Não tenho só uma fonte de inspiração; todos os autores que leio influenciam na minha obra. Alguns mais sutilmente que outros, mas todos têm uma contribuição significativa.
6- Falando em “Minicontos Macabros”, você poderia nos contar sobre o processo de criação do livro? De onde surgiu a ideia de escrever a obra?
Eu já mencionei em entrevistas anteriores que não tenho nenhum ritual ou processo de criação e, aqui, reafirmo que as ideias apenas surgem. Às vezes, começo a escrever no mesmo instante e finalizo em poucas horas. Com “Minicontos Macabros” aconteceu o mesmo. Pequenas histórias se formaram na minha cabeça, e eu as escrevi. O interessante quando falo de “Minicontos Macabros” é que todos os minicontos têm um teor reflexivo, onde, de forma oblíqua, faço críticas a comportamentos e ideais. Outro ponto que julgo bacana é o fato de ser “humor negro”, o politicamente incorreto que tanto adoro. Esse foi o livro que mais me diverti escrevendo justamente por me fazer rir.
Alguns minicontos podem ser considerados de mau gosto, mas eu não me importo. Me diverti, diverti algumas pessoas, e isso é o que importa. Recentemente, inclusive, ressaltei o que a literatura significa para mim: diversão. O autor não tem a obrigação de agradar o leitor, às vezes ele escreve para sua realização pessoal e, como há gostos e gostos, é natural que algumas pessoas se sintam ofendidas ou simplesmente não “veem graça” em determinadas obras.
7- Você escreve livros de vários gêneros, mas o Terror e a Fantasia são os mais recorrentes. Queria que você me contasse qual dos dois gêneros que você se sente mais confortável para escrever e o porquê de ele te deixar confortável!
Quando resolvi escrever, em 2005, acreditava que jamais fosse migrar da Fantasia, mas, no decorrer dos anos, acabei escrevendo de tudo um pouco. Certamente, escrever Fantasia é muito prazeroso, mas me sinto ainda mais realizado quando escrevo Terror. Embora seja possível criar e fragmentar de tudo na literatura fantástica, no Terror posso brincar com a mente humana. Creio que todos somos anjos e demônios e, nos meus textos, deixo evidenciado esse pensamento. É legal adentrar na mente de um psicopata, de um assassino em série ou de uma pessoa perturbada. E, quando faço isso, percebo que a maioria tem algo em comum: seja o desejo por reconhecimento, autoafirmação ou simples sede por vingança.
8- Você gostaria de falar um pouquinho sobre cada uma das obras que você já lançou até agora e dizer por que as pessoas devem lê-las?
Quando começo a falar sobre todos os meus livros, dou o tão temido spoiler. Não me sinto confortável, para ser sincero, em dizer por que alguém deve ler meus livros, pois muitos são críticas diretas ou indiretas a comportamentos e, sem dúvida, diversas pessoas se comportam da maneira que critico. Porém, faço um convite: não espere gostar do que vai ler, mas leia.
9- E sobre os seus próximos projetos? O que você pode nos contar a respeito deles?
Recentemente, finalizei um novo livro, “Passeando entre loucos e outras histórias”. É uma coletânea com doze contos e uma novelata que reúne histórias de terror, suspense e fantasia. Esse projeto também surgiu do nada, mas adoro o resultado. Nele, inclusive, brinco bastante apresentando histórias que falam de pessoas consideradas mentalmente insanas, da fúria dos deuses e, é claro, de assassinatos. Será lançado em breve, em formato físico, mas não posso revelar a editora ainda.
10- Por último, gostaria que você deixasse um recadinho para os seus fãs e leitores aqui do blog! Ah, e mais uma vez te agradeço por ter topado fazer a entrevista. Foi um prazer te entrevistar, Clayton! :)
Essa pergunta é a que me dá mais frio na barriga porque não sou o tipo de pessoa que faz oração na formatura. Espero que todos tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre mim e que não deixem de acompanhar as novidades do blog, pois, uma hora ou outra, apareço por aqui novamente.
Outra vez, eu que agradeço pelo convite e pela parceria. Desejo sucesso em seus projetos, Tony.
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E aí, gostaram da entrevista? :)